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Funai e Coiab inauguram Centro de Monitoramento Etnoambiental e Plano de Proteção Territorial em terra indígena no Amazonas
02/12/2025
Fonte: Funai - https://www.gov.br
Com o objetivo de garantir a posse plena indígena por meio da gestão ambiental, proteção e vigilância territoriais, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) celebraram, na segunda-feira (1), a inauguração do Centro de Monitoramento Etnoambiental e do Plano de Proteção Territorial da Terra Indígena Kumaru do Lago Ualá, do povo Madijá (Kulina). O evento ocorreu na aldeia Paupixuna, em Juruá, no Amazonas.
O projeto foi uma realização da comunidade indígena e da Coiab, com recursos do Projeto "Floresta+ Amazônia - Garantindo a Gestão Ambiental e Territorial da Terra Indígena Kumaru do Lago Ualá". A iniciativa conta com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Organização das Nações Unidas (ONU) com recursos do Green Climate Fund.
Gestão territorial
Para a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, o projeto é um exemplo prático do trabalho realizado em conjunto com os povos indígenas. "Nós [indígenas] estamos mostrando que sabemos administrar nossos territórios e temos essa visão do que é a proteção territorial. A Funai segue comprometida não só em demarcar as terras indígenas, mas em proteger e promover os direitos dos povos indígenas e a autonomia na gestão ambiental dos seus territórios".
As parcerias encerram as fases de diagnósticos, planejamento e formação de monitores territoriais do povo Madijá, coordenado pela Coiab, além de garantir a implementação da gestão territorial da terra indígena. Os técnicos da Coiab permanecem na terra indígena até a próxima segunda-feira (8), quando finalizam as entregas de equipamentos e estruturas de monitoramento, além de encerrarem o curso de formação em vigilância e monitoramento territorial.
O coordenador-geral da Coiab, Toya Manchineri, destacou a importância do trabalho que o movimento indígena tem feito junto à Coiab e a Funai. "Como uma organização do movimento indígena da Amazônia brasileira, o objetivo é fortalecer, cada vez mais, a gestão ambiental dentro dos próprios territórios indígenas e a gente só consegue fazer o trabalho se realmente a gente estiver unido, inclusive no monitoramento etnoambiental", afirmou.
Os indígenas também aproveitaram para entregar oficialmente a blusa de monitoramento da terra indígena, que será usada para atividades de campo dos monitores. As peças foram entregues para os participantes da solenidade de inauguração. A roupa carrega o nome e rosto de Madahui Madijá, importante liderança que garantiu a sobrevivência do povo durante o contato interétnico com não indígenas no período do boom da seringa amazônica.
As ações da Funai foram realizadas por meio da Coordenação Geral de Políticas Ambientais (CGPam) e da Coordenação-Geral de Atividades Produtivas (CGAp), vinculadas à Diretoria de Gestão Ambiental e Territorial (Digat). A Coordenação Regional (CR) da Funai no Alto Solimões, por sua vez, contribuiu com a elaboração e execução do projeto junto com os parceiros e com a comunidade indígena.
"A iniciativa demonstra que é possível desenvolver projeto de gestão comunitária para a garantia do bem-viver dos povos indígenas em seus territórios, respeitando os direitos dos povos indígenas", ressaltou a diretora de Gestão Ambiental e Territorial da Funai, Lucia Alberta Baré.
Além dos representantes oficiais e de instituições na solenidade, participaram da mesa de celebração o coordenador regional da Funai no Alto Solimões, Ildnei Tikuna; o coordenador regional da Funai em Manaus, Emilson Lima; além de representantes das Gerências de Monitoramento Territorial (Gemti); Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Gpiirc); e Comunicação, ambos da Coiab.
Diálogo
Durante a solenidade, as lideranças indígenas aproveitaram o momento para reforçar as necessidades dos territórios. Entre as demandas, foi apontada a importância da reaviventação da terra indígena (reaplicação dos marcos de identificação de um território e georreferenciamento atualizado).
Sobre as demandas apresentadas, a presidenta Joenia Wapichana relembrou que a reestruturação organizacional da Funai permitiu ampliar o número de Coordenações Regionais (CRs) de 39 para 43. Com isso, deve ser implementada futuramente uma nova CR na região que se chamará Coordenação Regional do Meio Solimões, para facilitar o deslocamento do povo no atendimento a demandas territoriais, sociais e culturais pela Funai.
Sorivan Madijá Kulina, chefe da Unidade Técnica Local (UTL) Carauari-Juruá, vinculada à CR Alto Solimões, foi um importante ator na execução do projeto desde o início das ações, em 2020. Reconhecido pelo seu trabalho, Sorivan destacou que a participação indígena foi fundamental para o desenvolvimento do projeto envolvendo diversas aldeias.
Ele, que também é intérprete da língua Madijá (Kulina), reforçou que o diálogo com os indígenas envolveu uma dinâmica que permitisse um entendimento mais adequado sobre o objetivo do projeto. "Durante as oficinas a gente perguntava de uma forma que não dificultasse o entendimento, de uma maneira mais prática e respeitando a língua do povo indígena".
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-e-coiab-inauguram-centro-de-monitoramento-etnoambiental-e-plano-de-protecao-territorial-em-terra-indigena-no-amazonas
O projeto foi uma realização da comunidade indígena e da Coiab, com recursos do Projeto "Floresta+ Amazônia - Garantindo a Gestão Ambiental e Territorial da Terra Indígena Kumaru do Lago Ualá". A iniciativa conta com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Organização das Nações Unidas (ONU) com recursos do Green Climate Fund.
Gestão territorial
Para a presidenta da Funai, Joenia Wapichana, o projeto é um exemplo prático do trabalho realizado em conjunto com os povos indígenas. "Nós [indígenas] estamos mostrando que sabemos administrar nossos territórios e temos essa visão do que é a proteção territorial. A Funai segue comprometida não só em demarcar as terras indígenas, mas em proteger e promover os direitos dos povos indígenas e a autonomia na gestão ambiental dos seus territórios".
As parcerias encerram as fases de diagnósticos, planejamento e formação de monitores territoriais do povo Madijá, coordenado pela Coiab, além de garantir a implementação da gestão territorial da terra indígena. Os técnicos da Coiab permanecem na terra indígena até a próxima segunda-feira (8), quando finalizam as entregas de equipamentos e estruturas de monitoramento, além de encerrarem o curso de formação em vigilância e monitoramento territorial.
O coordenador-geral da Coiab, Toya Manchineri, destacou a importância do trabalho que o movimento indígena tem feito junto à Coiab e a Funai. "Como uma organização do movimento indígena da Amazônia brasileira, o objetivo é fortalecer, cada vez mais, a gestão ambiental dentro dos próprios territórios indígenas e a gente só consegue fazer o trabalho se realmente a gente estiver unido, inclusive no monitoramento etnoambiental", afirmou.
Os indígenas também aproveitaram para entregar oficialmente a blusa de monitoramento da terra indígena, que será usada para atividades de campo dos monitores. As peças foram entregues para os participantes da solenidade de inauguração. A roupa carrega o nome e rosto de Madahui Madijá, importante liderança que garantiu a sobrevivência do povo durante o contato interétnico com não indígenas no período do boom da seringa amazônica.
As ações da Funai foram realizadas por meio da Coordenação Geral de Políticas Ambientais (CGPam) e da Coordenação-Geral de Atividades Produtivas (CGAp), vinculadas à Diretoria de Gestão Ambiental e Territorial (Digat). A Coordenação Regional (CR) da Funai no Alto Solimões, por sua vez, contribuiu com a elaboração e execução do projeto junto com os parceiros e com a comunidade indígena.
"A iniciativa demonstra que é possível desenvolver projeto de gestão comunitária para a garantia do bem-viver dos povos indígenas em seus territórios, respeitando os direitos dos povos indígenas", ressaltou a diretora de Gestão Ambiental e Territorial da Funai, Lucia Alberta Baré.
Além dos representantes oficiais e de instituições na solenidade, participaram da mesa de celebração o coordenador regional da Funai no Alto Solimões, Ildnei Tikuna; o coordenador regional da Funai em Manaus, Emilson Lima; além de representantes das Gerências de Monitoramento Territorial (Gemti); Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Gpiirc); e Comunicação, ambos da Coiab.
Diálogo
Durante a solenidade, as lideranças indígenas aproveitaram o momento para reforçar as necessidades dos territórios. Entre as demandas, foi apontada a importância da reaviventação da terra indígena (reaplicação dos marcos de identificação de um território e georreferenciamento atualizado).
Sobre as demandas apresentadas, a presidenta Joenia Wapichana relembrou que a reestruturação organizacional da Funai permitiu ampliar o número de Coordenações Regionais (CRs) de 39 para 43. Com isso, deve ser implementada futuramente uma nova CR na região que se chamará Coordenação Regional do Meio Solimões, para facilitar o deslocamento do povo no atendimento a demandas territoriais, sociais e culturais pela Funai.
Sorivan Madijá Kulina, chefe da Unidade Técnica Local (UTL) Carauari-Juruá, vinculada à CR Alto Solimões, foi um importante ator na execução do projeto desde o início das ações, em 2020. Reconhecido pelo seu trabalho, Sorivan destacou que a participação indígena foi fundamental para o desenvolvimento do projeto envolvendo diversas aldeias.
Ele, que também é intérprete da língua Madijá (Kulina), reforçou que o diálogo com os indígenas envolveu uma dinâmica que permitisse um entendimento mais adequado sobre o objetivo do projeto. "Durante as oficinas a gente perguntava de uma forma que não dificultasse o entendimento, de uma maneira mais prática e respeitando a língua do povo indígena".
https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2025/funai-e-coiab-inauguram-centro-de-monitoramento-etnoambiental-e-plano-de-protecao-territorial-em-terra-indigena-no-amazonas
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