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Ibama identifica R$ 25 milhões em crédito rural irregular e mira Banco do Brasil e da Amazônia
06/11/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Ibama identifica R$ 25 milhões em crédito rural irregular e mira Banco do Brasil e da Amazônia
OUTRO LADO: Banco do Brasil diz que adotou as regras previstas pela legislação; outros bancos não responderam
Ação fiscalizou instituições que beneficiaram propriedades com área embargada por desmatamento ilegal
06/11/2025
João Gabriel
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) identificou R$ 25 milhões em crédito rural concedido a fazendas que registraram desmatamento ilegal na Amazônia Legal, em uma operação que atingiu os bancos do Brasil, da Amazônia e do Nordeste, entre outros.
A ação, batizada de Caixa-Forte 2, emitiu 19 autos de infração, e estados como Mato Grosso e Pará -este último sede da COP30, a cúpula sobre mudança climática da ONU, que começa na próxima segunda-feira (10).
No total, o Ibama identificou 98 operações com indício de irregularidade, e aplicou R$ 11,4 milhões em multas.
Procurado, o Banco do Brasil afirmou que "foram adotadas as regras previstas pela legislação" no caso citado, e que possuí processos robustos de verificação socioambiental da carteira, tanto no momento de contratação como no acompanhamento das operações".
"O Banco do Brasil ressalta que implementa todos os critérios socioambientais exigidos pelos normativos que regulam o crédito rural e acrescenta que evitou o direcionamento de R$ 12,8 bilhões em financiamentos para áreas não alinhadas às suas diretrizes socioambientais, em 2024", acrescentou o banco, em nota.
O Banco do Nordeste disse que "cumpre rigorosamente toda a legislação vigente, inclusive as normas ambientais, em suas operações de crédito".
"Até o presente momento, a instituição não recebeu oficialmente do Ibama notificação recente acerca do caso. O Banco se mantém à disposição dos órgãos competentes e, tão logo seja formalmente comunicado e tenha acesso às informações do processo, poderá se manifestar de forma plena", completou.
O Banco Amazônia não respondeu.
A ação aconteceu no início do mês e teve como base quatro tipos de dados: imagens de satélite, informações sobre propriedades fundiárias, crédito rural e áreas embargadas por desmatamento ilegal.
Para conseguir o crédito, o proprietário precisa indicar em qual área ele pretende produzir com aquele dinheiro. Cruzando essas informações, o instituto conseguiu identificar tanto casos em que o financiamento foi concedido exatamente para a mesma terra que estava embargada, quanto situações em que o desmatamento ilegal havia sido registrado em outra parte da fazenda beneficiada.
Por lei, ambos os casos deveriam impedir a concessão de crédito, mas o Ibama tem o poder de multar a instituição financeira apenas na primeira circunstância.
No segundo cenário, o instituto pode realizar a notificação do banco, mas por meio de autoridades competentes. Todos os casos foram notificados ao Banco Central.
A investigação do Ibama identificou crédito concedido pelo Banco do Brasil que se enquadram nos dois casos e, por isso, foi aplicada multa de R$ 266,5 mil. O Banco Amazônia e o Banco do Nordeste se enquadram apenas no segundo tipo de infração e, portanto, não foram alvo de autuações financeiras.
As operações irregulares envolvem 40 agências bancárias, e 83% dos R$ 25 milhões em crédito foram concedidos à pecuária -o restante foi para agricultura.
Essa operação é a segunda edição de uma ação que começou em março e que à época mirou principalmente o cerrado. Na ocasião, foram R$ 4,8 milhões em multas aplicadas.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/11/ibama-identifica-r-25-milhoes-em-credito-rural-irregular-e-mira-banco-do-brasil-e-da-amazonia.shtml
OUTRO LADO: Banco do Brasil diz que adotou as regras previstas pela legislação; outros bancos não responderam
Ação fiscalizou instituições que beneficiaram propriedades com área embargada por desmatamento ilegal
06/11/2025
João Gabriel
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) identificou R$ 25 milhões em crédito rural concedido a fazendas que registraram desmatamento ilegal na Amazônia Legal, em uma operação que atingiu os bancos do Brasil, da Amazônia e do Nordeste, entre outros.
A ação, batizada de Caixa-Forte 2, emitiu 19 autos de infração, e estados como Mato Grosso e Pará -este último sede da COP30, a cúpula sobre mudança climática da ONU, que começa na próxima segunda-feira (10).
No total, o Ibama identificou 98 operações com indício de irregularidade, e aplicou R$ 11,4 milhões em multas.
Procurado, o Banco do Brasil afirmou que "foram adotadas as regras previstas pela legislação" no caso citado, e que possuí processos robustos de verificação socioambiental da carteira, tanto no momento de contratação como no acompanhamento das operações".
"O Banco do Brasil ressalta que implementa todos os critérios socioambientais exigidos pelos normativos que regulam o crédito rural e acrescenta que evitou o direcionamento de R$ 12,8 bilhões em financiamentos para áreas não alinhadas às suas diretrizes socioambientais, em 2024", acrescentou o banco, em nota.
O Banco do Nordeste disse que "cumpre rigorosamente toda a legislação vigente, inclusive as normas ambientais, em suas operações de crédito".
"Até o presente momento, a instituição não recebeu oficialmente do Ibama notificação recente acerca do caso. O Banco se mantém à disposição dos órgãos competentes e, tão logo seja formalmente comunicado e tenha acesso às informações do processo, poderá se manifestar de forma plena", completou.
O Banco Amazônia não respondeu.
A ação aconteceu no início do mês e teve como base quatro tipos de dados: imagens de satélite, informações sobre propriedades fundiárias, crédito rural e áreas embargadas por desmatamento ilegal.
Para conseguir o crédito, o proprietário precisa indicar em qual área ele pretende produzir com aquele dinheiro. Cruzando essas informações, o instituto conseguiu identificar tanto casos em que o financiamento foi concedido exatamente para a mesma terra que estava embargada, quanto situações em que o desmatamento ilegal havia sido registrado em outra parte da fazenda beneficiada.
Por lei, ambos os casos deveriam impedir a concessão de crédito, mas o Ibama tem o poder de multar a instituição financeira apenas na primeira circunstância.
No segundo cenário, o instituto pode realizar a notificação do banco, mas por meio de autoridades competentes. Todos os casos foram notificados ao Banco Central.
A investigação do Ibama identificou crédito concedido pelo Banco do Brasil que se enquadram nos dois casos e, por isso, foi aplicada multa de R$ 266,5 mil. O Banco Amazônia e o Banco do Nordeste se enquadram apenas no segundo tipo de infração e, portanto, não foram alvo de autuações financeiras.
As operações irregulares envolvem 40 agências bancárias, e 83% dos R$ 25 milhões em crédito foram concedidos à pecuária -o restante foi para agricultura.
Essa operação é a segunda edição de uma ação que começou em março e que à época mirou principalmente o cerrado. Na ocasião, foram R$ 4,8 milhões em multas aplicadas.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/11/ibama-identifica-r-25-milhoes-em-credito-rural-irregular-e-mira-banco-do-brasil-e-da-amazonia.shtml
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