De Povos Indígenas no Brasil
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Notícias
Semana decisiva, crítica alemã e financiamento climático do Brasil; veja como foi o 8o dia da COP30
17/11/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Semana decisiva, crítica alemã e financiamento climático do Brasil; veja como foi o 8o dia da COP30
Conferência do clima entra em reta final e aquece ritmo das negociações para entregar resultados esperados
Merz critica o Brasil depois de passar por Belém; novo estudo mapeia investimentos brasileiros, com foco em energia
17/11/2025
Lucas Alonso
A COP30 termina na próxima sexta-feira (21). E para conseguir entregar os resultados esperados, as reuniões agora não têm hora para terminar e podem cruzar a madrugada. O plano é um rascunho do pacote de decisões na quarta-feira (19) e o texto consolidado sob consenso no final da conferência.
Nem todo mundo que viajou a Belém saiu satisfeito, no entanto. O premiê da Alemanha, Friedrich Merz, elogiou seu país comparando-o com o Brasil. Não ficou claro o objetivo, mas lideranças paraenses reagiram à declaração.
E um novo estudo contabilizou o investimento brasileiro em financiamento climático. Embora os aportes tenham crescido 157%, a maior fatia está concentrada na energia -o que, na prática, não ataca setores responsáveis pelas maiores emissões de carbono porque a matriz energética brasileira já é majoritariamente renovável.
1. COP30 entra em semana decisiva com alto escalão e sob temor de divergências
A segunda parte da COP30 começou nesta segunda (17) com a entrada dos ministros nas negociações, o que dá um tom mais político às discussões. As reuniões passam a ocorrer sem horário para terminar, numa tentativa de entregar até sexta-feira (21), o último dia da conferência, o recém-batizado "Pacote de Belém".
O avanço depende de consenso entre todos os países, e a estratégia atual divide o pacote de decisões em duas entregas: uma até quarta (19) e outra até o fim da COP. Paralelamente, o Brasil tenta evitar que divergências nos debates informais contaminem a agenda formal. A presidência conduz consultas paralelas sobre quatro temas polêmicos: financiamento, metas climáticas, medidas unilaterais de comércio e transparência.
2. Premiê da Alemanha critica estadia no Brasil ao enaltecer 'beleza' de seu país
O primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, usou um discurso no Congresso Alemão do Comércio para comparar desfavoravelmente o Brasil à Alemanha, afirmando que jornalistas que o acompanharam na Cúpula de Líderes em Belém ficaram felizes em retornar ao país.
A fala, feita para defender que os alemães valorizem seu ambiente econômico e democrático, ocorreu dias após Merz ter elogiado iniciativas brasileiras e prometido uma contribuição "significativa" ao Fundo Florestas para Sempre -sem, no entanto, anunciar valores, o que frustrou expectativas no governo Lula.
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), disse que a fala foi "arrogante e preconceituosa". O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou que causa estranhamento quando "quem ajudou a aquecer o planeta questiona o calor da Amazônia".
3. Investimento climático cresce 157% no Brasil, mas deixa de lado setores com mais emissões
O financiamento climático no Brasil mais do que dobrou desde 2019, chegando a US$ 67,8 bilhões em 2023, mas segue fortemente concentrado no setor de energia -que tem peso relativamente pequeno nas emissões brasileiras. Enquanto agricultura e uso da terra também recebem recursos, parte significativa vem de crédito rural sem garantia de resultados, e o apoio às florestas despencou no período. Estudos apontam que essa distribuição não reflete a estrutura das emissões do país, dominada por desmatamento e agropecuária.
A adaptação ainda representa fatia muito pequena do financiamento nacional, repetindo tendência global. Especialistas defendem que o Brasil priorize investimentos em infraestrutura básica, saneamento e proteção contra eventos extremos, já que os impactos atingem sobretudo populações mais vulneráveis.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/11/semana-decisiva-critica-alema-e-financiamento-climatico-do-brasil-veja-como-foi-o-8o-dia-da-cop30.shtml
Conferência do clima entra em reta final e aquece ritmo das negociações para entregar resultados esperados
Merz critica o Brasil depois de passar por Belém; novo estudo mapeia investimentos brasileiros, com foco em energia
17/11/2025
Lucas Alonso
A COP30 termina na próxima sexta-feira (21). E para conseguir entregar os resultados esperados, as reuniões agora não têm hora para terminar e podem cruzar a madrugada. O plano é um rascunho do pacote de decisões na quarta-feira (19) e o texto consolidado sob consenso no final da conferência.
Nem todo mundo que viajou a Belém saiu satisfeito, no entanto. O premiê da Alemanha, Friedrich Merz, elogiou seu país comparando-o com o Brasil. Não ficou claro o objetivo, mas lideranças paraenses reagiram à declaração.
E um novo estudo contabilizou o investimento brasileiro em financiamento climático. Embora os aportes tenham crescido 157%, a maior fatia está concentrada na energia -o que, na prática, não ataca setores responsáveis pelas maiores emissões de carbono porque a matriz energética brasileira já é majoritariamente renovável.
1. COP30 entra em semana decisiva com alto escalão e sob temor de divergências
A segunda parte da COP30 começou nesta segunda (17) com a entrada dos ministros nas negociações, o que dá um tom mais político às discussões. As reuniões passam a ocorrer sem horário para terminar, numa tentativa de entregar até sexta-feira (21), o último dia da conferência, o recém-batizado "Pacote de Belém".
O avanço depende de consenso entre todos os países, e a estratégia atual divide o pacote de decisões em duas entregas: uma até quarta (19) e outra até o fim da COP. Paralelamente, o Brasil tenta evitar que divergências nos debates informais contaminem a agenda formal. A presidência conduz consultas paralelas sobre quatro temas polêmicos: financiamento, metas climáticas, medidas unilaterais de comércio e transparência.
2. Premiê da Alemanha critica estadia no Brasil ao enaltecer 'beleza' de seu país
O primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, usou um discurso no Congresso Alemão do Comércio para comparar desfavoravelmente o Brasil à Alemanha, afirmando que jornalistas que o acompanharam na Cúpula de Líderes em Belém ficaram felizes em retornar ao país.
A fala, feita para defender que os alemães valorizem seu ambiente econômico e democrático, ocorreu dias após Merz ter elogiado iniciativas brasileiras e prometido uma contribuição "significativa" ao Fundo Florestas para Sempre -sem, no entanto, anunciar valores, o que frustrou expectativas no governo Lula.
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), disse que a fala foi "arrogante e preconceituosa". O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou que causa estranhamento quando "quem ajudou a aquecer o planeta questiona o calor da Amazônia".
3. Investimento climático cresce 157% no Brasil, mas deixa de lado setores com mais emissões
O financiamento climático no Brasil mais do que dobrou desde 2019, chegando a US$ 67,8 bilhões em 2023, mas segue fortemente concentrado no setor de energia -que tem peso relativamente pequeno nas emissões brasileiras. Enquanto agricultura e uso da terra também recebem recursos, parte significativa vem de crédito rural sem garantia de resultados, e o apoio às florestas despencou no período. Estudos apontam que essa distribuição não reflete a estrutura das emissões do país, dominada por desmatamento e agropecuária.
A adaptação ainda representa fatia muito pequena do financiamento nacional, repetindo tendência global. Especialistas defendem que o Brasil priorize investimentos em infraestrutura básica, saneamento e proteção contra eventos extremos, já que os impactos atingem sobretudo populações mais vulneráveis.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/11/semana-decisiva-critica-alema-e-financiamento-climatico-do-brasil-veja-como-foi-o-8o-dia-da-cop30.shtml
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