De Povos Indígenas no Brasil
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Bronca da ONU, delegações menores e IA no clima; veja como foi 4o dia da COP30
13/11/2025
Fonte: FSP - https://www1.folha.uol.com.br/
Bronca da ONU, delegações menores e IA no clima; veja como foi 4o dia da COP30
Órgão climático escreveu carta ao governo Lula com reclamações que vão de falta de segurança a calor e banheiros
Cúpula em Belém tem menor número de representantes que a do Azerbaijão; inteligência artificial está em pauta
13/11/2025
Lucas Alonso
Enquanto as negociações climáticas ocorrem em salas fechadas e ainda sem grandes resultados a serem anunciados, a principal notícia do quarto dia da COP30, a conferência do clima em Belém, foi a bronca que o órgão climático da ONU deu no governo brasileiro e nos organizadores do evento.
Além disso, a Folha comparou os tamanhos das delegações que participam da COP neste ano aos das que participaram na edição do ano passado, no Azerbaijão. Houve reduções significativas -e a culpa não é apenas dos Estados Unidos, uma vez que o presidente Donald Trump não mandou ninguém.
Veja a seguir um resumo do que é mais importante saber sobre esta quinta-feira (13).
1. ONU cita falhas de estrutura e exige mais segurança
A ONU criticou a organização da COP30 por falhas de infraestrutura e segurança após manifestantes quase entrarem na área reservada das negociações. Pediu ainda que o Brasil solucionasse problemas como calor excessivo, alagamentos e vulnerabilidades no acesso à zona azul, restrita a negociadores.
A carta foi enviada ao governo brasileiro, que respondeu dizendo estar reforçando forças de segurança, ampliando climatização e corrigindo estruturas. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou que as preocupações já foram superadas.
Apesar da bronca, integrantes de uma reunião sobre o tema dizem que isso não afetou as negociações climáticas. O episódio ocorre após meses de críticas à infraestrutura de Belém, mas o governo manteve a sede na cidade por considerar importante realizar a COP na amazônia pela primeira vez, reforçando o simbolismo político dessa escolha.
2. Europa corta 46% da delegação para a COP30, e China reduz em 40%
A COP30 tem delegações menores de alguns países que as da edição do ano passado. A China veio com 114 pessoas, uma queda de 40%, e as nações da União Europeia reduziram quase pela metade suas equipes. Segundo a lista provisória divulgada pela ONU, os 194 países inscritos somam 11,5 mil representantes oficiais, 34% a menos que na COP29. No total, 56,1 mil participantes foram credenciados, cerca de dez mil a menos do que em 2024.
Além das equipes de governo, a conferência reúne sociedade civil, imprensa, ONU e convidados indicados por países. Entre os europeus, Alemanha, Itália, Bélgica, Bulgária e Polônia diminuíram significativamente suas comitivas, enquanto França e Portugal tiveram ajustes menores. Os EUA não enviaram representação oficial, mas contam com uma presença informal de ex-integrantes do governo Obama e governadores.
Reduções também apareceram em países em desenvolvimento. A Indonésia cortou mais de um terço da equipe; pequenos Estados insulares e nações menos desenvolvidas registraram quedas moderadas, apesar do aumento do subsídio pago pela ONU para custear hospedagem. A Etiópia e o Egito também enxugaram suas delegações.
3. IA é tratada ao mesmo tempo como ameaça e aliada do clima na COP30
A inteligência artificial virou um dos temas mais comentados da COP30, sempre entre o entusiasmo e a preocupação. De um lado, a expansão dos data centers e seu alto consumo de energia e água levantam alertas ambientais; de outro, a tecnologia é vista como uma aliada poderosa para monitorar florestas, prever eventos extremos e ajudar a cortar emissões. Essa ambivalência tem aparecido tanto nos debates quanto nos documentos divulgados pela ONU antes e durante a conferência.
Nesta semana, foi lançada a AI Climate Academy, que oferece capacitação em IA para países em desenvolvimento e busca estruturar pesquisas na área. O interesse não é novo: desde a COP28, crescem relatórios e diretrizes sobre IA aplicadas ao clima.
A ONU destaca usos que vão de modelos para prever monções e orientar agricultores na Índia a ferramentas que ajudam a monitorar desmatamento na amazônia. Mas alerta para riscos importantes, como consumo elevado de recursos, desigualdade de acesso e possíveis usos maliciosos da tecnologia.
Esses estudos também chamam atenção para a desinformação, que ganha velocidade e verossimilhança com a IA generativa. Diante desse cenário, os organismos internacionais defendem estruturas regulatórias que garantam transparência, responsabilidade e critérios justos para o uso da IA -para que a tecnologia ajude no combate à crise climática sem criar novos problemas.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/11/bronca-da-onu-delegacoes-menores-e-ia-no-clima-veja-como-foi-4o-dia-da-cop30.shtml
Órgão climático escreveu carta ao governo Lula com reclamações que vão de falta de segurança a calor e banheiros
Cúpula em Belém tem menor número de representantes que a do Azerbaijão; inteligência artificial está em pauta
13/11/2025
Lucas Alonso
Enquanto as negociações climáticas ocorrem em salas fechadas e ainda sem grandes resultados a serem anunciados, a principal notícia do quarto dia da COP30, a conferência do clima em Belém, foi a bronca que o órgão climático da ONU deu no governo brasileiro e nos organizadores do evento.
Além disso, a Folha comparou os tamanhos das delegações que participam da COP neste ano aos das que participaram na edição do ano passado, no Azerbaijão. Houve reduções significativas -e a culpa não é apenas dos Estados Unidos, uma vez que o presidente Donald Trump não mandou ninguém.
Veja a seguir um resumo do que é mais importante saber sobre esta quinta-feira (13).
1. ONU cita falhas de estrutura e exige mais segurança
A ONU criticou a organização da COP30 por falhas de infraestrutura e segurança após manifestantes quase entrarem na área reservada das negociações. Pediu ainda que o Brasil solucionasse problemas como calor excessivo, alagamentos e vulnerabilidades no acesso à zona azul, restrita a negociadores.
A carta foi enviada ao governo brasileiro, que respondeu dizendo estar reforçando forças de segurança, ampliando climatização e corrigindo estruturas. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou que as preocupações já foram superadas.
Apesar da bronca, integrantes de uma reunião sobre o tema dizem que isso não afetou as negociações climáticas. O episódio ocorre após meses de críticas à infraestrutura de Belém, mas o governo manteve a sede na cidade por considerar importante realizar a COP na amazônia pela primeira vez, reforçando o simbolismo político dessa escolha.
2. Europa corta 46% da delegação para a COP30, e China reduz em 40%
A COP30 tem delegações menores de alguns países que as da edição do ano passado. A China veio com 114 pessoas, uma queda de 40%, e as nações da União Europeia reduziram quase pela metade suas equipes. Segundo a lista provisória divulgada pela ONU, os 194 países inscritos somam 11,5 mil representantes oficiais, 34% a menos que na COP29. No total, 56,1 mil participantes foram credenciados, cerca de dez mil a menos do que em 2024.
Além das equipes de governo, a conferência reúne sociedade civil, imprensa, ONU e convidados indicados por países. Entre os europeus, Alemanha, Itália, Bélgica, Bulgária e Polônia diminuíram significativamente suas comitivas, enquanto França e Portugal tiveram ajustes menores. Os EUA não enviaram representação oficial, mas contam com uma presença informal de ex-integrantes do governo Obama e governadores.
Reduções também apareceram em países em desenvolvimento. A Indonésia cortou mais de um terço da equipe; pequenos Estados insulares e nações menos desenvolvidas registraram quedas moderadas, apesar do aumento do subsídio pago pela ONU para custear hospedagem. A Etiópia e o Egito também enxugaram suas delegações.
3. IA é tratada ao mesmo tempo como ameaça e aliada do clima na COP30
A inteligência artificial virou um dos temas mais comentados da COP30, sempre entre o entusiasmo e a preocupação. De um lado, a expansão dos data centers e seu alto consumo de energia e água levantam alertas ambientais; de outro, a tecnologia é vista como uma aliada poderosa para monitorar florestas, prever eventos extremos e ajudar a cortar emissões. Essa ambivalência tem aparecido tanto nos debates quanto nos documentos divulgados pela ONU antes e durante a conferência.
Nesta semana, foi lançada a AI Climate Academy, que oferece capacitação em IA para países em desenvolvimento e busca estruturar pesquisas na área. O interesse não é novo: desde a COP28, crescem relatórios e diretrizes sobre IA aplicadas ao clima.
A ONU destaca usos que vão de modelos para prever monções e orientar agricultores na Índia a ferramentas que ajudam a monitorar desmatamento na amazônia. Mas alerta para riscos importantes, como consumo elevado de recursos, desigualdade de acesso e possíveis usos maliciosos da tecnologia.
Esses estudos também chamam atenção para a desinformação, que ganha velocidade e verossimilhança com a IA generativa. Diante desse cenário, os organismos internacionais defendem estruturas regulatórias que garantam transparência, responsabilidade e critérios justos para o uso da IA -para que a tecnologia ajude no combate à crise climática sem criar novos problemas.
https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2025/11/bronca-da-onu-delegacoes-menores-e-ia-no-clima-veja-como-foi-4o-dia-da-cop30.shtml
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