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Alunos da UFSCar de Sorocaba levam projetos de saneamento e de incentivo à educação para povos indígenas
06/10/2025
Autor: Fabrício Rocha
Fonte: G1 - https://g1.globo.com/
Alunos da UFSCar de Sorocaba e de Buri levam projetos de incentivo à educação para povos indígenas
Projeto 'Água e Bem-Viver' conta com a participação de alunos e professores de vários campi da UFSCar, que atuam no incentivo à educação para comunidades indígenas, no mapeamento para restauração de áreas florestais e na implementação de saneamento básico.
A poucos quilômetros do centro de São Paulo, indígenas do Pico do Jaraguá ainda enfrentam a falta de saneamento básico. Para apoiar a comunidade, estudantes e professores da UFSCar, dos campus de Sorocaba (SP) e Lagoa do Sino, em Buri (SP), participam do projeto "Água e Bem-Viver".
Segundo os participantes, o projeto busca melhorar a qualidade de vida nas aldeias por meio do acesso à água, segurança alimentar, práticas sustentáveis, apoio jurídico e capacitações.
Claudilene Pedrosa Caldas, estudante de engenharia florestal no campus Sorocaba e indígena do povo Dessano (AM), afirma que o contato com outras culturas indígenas tem sido uma experiência enriquecedora.
"Para mim, foi um choque de realidade, pois a vivência deles é diferente da nossa. Ver como eles resistem ao crescimento da cidade e mantêm seu próprio estilo de vida mostra a força deles", comenta Claudilene.
Clenildo Cordeiro Rodrigues, também aluno de engenharia florestal, conta que percebeu logo na chegada à aldeia a ausência de serviços básicos, como saneamento.
"Mesmo tão perto de São Paulo, eles ainda vivem sem saneamento básico. Também notei que a saúde é uma preocupação. Estão vulneráveis e precisam de orientação para se proteger e cuidar melhor", afirma Clenildo.
Outro foco do projeto é incentivar os jovens indígenas a ingressarem na universidade. Elvis Cristiano Ventura, estudante e membro do Centro de Convivência Indígena (CCI) da UFSCar Sorocaba, explica que muitos desistem por causa das dificuldades de estudar longe de casa.
"Estamos ajudando a melhorar a infraestrutura da aldeia. Por enquanto, o foco é levar água por meio de poços artesianos. Também demos uma palestra para incentivar os jovens a entrarem na universidade", diz Elvis.
Sobre o projeto
O projeto "Água e Bem-Viver" é uma iniciativa da Universidade Federal de São Carlos que reúne professores, técnicos e estudantes dos campi de Lagoa do Sino, Sorocaba, São Carlos e Araras. A equipe inclui alunos indígenas da própria instituição.
A proposta é ajudar as comunidades indígenas com acesso à água, recuperação de áreas verdes e ações que promovam bem-estar, sustentabilidade e valorização da cultura local.
O professor Márcio Rogério Silva explica que o projeto prevê sistemas de bombeamento, reservatórios e poços semiartesianos para garantir água às comunidades.
"Também priorizamos estudos sobre a viabilidade econômica de substituir espécies exóticas, como pinus e eucalipto, pela restauração florestal, além de realizar estudos fundiários", diz o professor Márcio Rogério Silva.
O projeto também apoia a criação de abelhas nativas (meliponicultura), formação de brigadas contra incêndios, reformas em espaços comunitários, saneamento ecológico e agricultura. Segundo o professor, todas as ações seguem as prioridades definidas pelas lideranças indígenas.
A iniciativa também quer aproximar a universidade das comunidades indígenas, promovendo troca de conhecimentos e valorização da cultura.
O professor Márcio Rogério Silva destaca que o projeto reúne esforços da UFSCar, do Ministério dos Povos Indígenas, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), de parceiros locais e das próprias comunidades para desenvolver soluções conjuntas.
"Essa união entre conhecimento técnico e social ajuda a entender as necessidades reais das comunidades e transforma isso em ações práticas e solidárias", conclui o professor Márcio.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2025/10/06/alunos-da-ufscar-de-sorocaba-levam-projetos-de-saneamento-e-de-incentivo-a-educacao-para-povos-indigenas.ghtml
Projeto 'Água e Bem-Viver' conta com a participação de alunos e professores de vários campi da UFSCar, que atuam no incentivo à educação para comunidades indígenas, no mapeamento para restauração de áreas florestais e na implementação de saneamento básico.
A poucos quilômetros do centro de São Paulo, indígenas do Pico do Jaraguá ainda enfrentam a falta de saneamento básico. Para apoiar a comunidade, estudantes e professores da UFSCar, dos campus de Sorocaba (SP) e Lagoa do Sino, em Buri (SP), participam do projeto "Água e Bem-Viver".
Segundo os participantes, o projeto busca melhorar a qualidade de vida nas aldeias por meio do acesso à água, segurança alimentar, práticas sustentáveis, apoio jurídico e capacitações.
Claudilene Pedrosa Caldas, estudante de engenharia florestal no campus Sorocaba e indígena do povo Dessano (AM), afirma que o contato com outras culturas indígenas tem sido uma experiência enriquecedora.
"Para mim, foi um choque de realidade, pois a vivência deles é diferente da nossa. Ver como eles resistem ao crescimento da cidade e mantêm seu próprio estilo de vida mostra a força deles", comenta Claudilene.
Clenildo Cordeiro Rodrigues, também aluno de engenharia florestal, conta que percebeu logo na chegada à aldeia a ausência de serviços básicos, como saneamento.
"Mesmo tão perto de São Paulo, eles ainda vivem sem saneamento básico. Também notei que a saúde é uma preocupação. Estão vulneráveis e precisam de orientação para se proteger e cuidar melhor", afirma Clenildo.
Outro foco do projeto é incentivar os jovens indígenas a ingressarem na universidade. Elvis Cristiano Ventura, estudante e membro do Centro de Convivência Indígena (CCI) da UFSCar Sorocaba, explica que muitos desistem por causa das dificuldades de estudar longe de casa.
"Estamos ajudando a melhorar a infraestrutura da aldeia. Por enquanto, o foco é levar água por meio de poços artesianos. Também demos uma palestra para incentivar os jovens a entrarem na universidade", diz Elvis.
Sobre o projeto
O projeto "Água e Bem-Viver" é uma iniciativa da Universidade Federal de São Carlos que reúne professores, técnicos e estudantes dos campi de Lagoa do Sino, Sorocaba, São Carlos e Araras. A equipe inclui alunos indígenas da própria instituição.
A proposta é ajudar as comunidades indígenas com acesso à água, recuperação de áreas verdes e ações que promovam bem-estar, sustentabilidade e valorização da cultura local.
O professor Márcio Rogério Silva explica que o projeto prevê sistemas de bombeamento, reservatórios e poços semiartesianos para garantir água às comunidades.
"Também priorizamos estudos sobre a viabilidade econômica de substituir espécies exóticas, como pinus e eucalipto, pela restauração florestal, além de realizar estudos fundiários", diz o professor Márcio Rogério Silva.
O projeto também apoia a criação de abelhas nativas (meliponicultura), formação de brigadas contra incêndios, reformas em espaços comunitários, saneamento ecológico e agricultura. Segundo o professor, todas as ações seguem as prioridades definidas pelas lideranças indígenas.
A iniciativa também quer aproximar a universidade das comunidades indígenas, promovendo troca de conhecimentos e valorização da cultura.
O professor Márcio Rogério Silva destaca que o projeto reúne esforços da UFSCar, do Ministério dos Povos Indígenas, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), de parceiros locais e das próprias comunidades para desenvolver soluções conjuntas.
"Essa união entre conhecimento técnico e social ajuda a entender as necessidades reais das comunidades e transforma isso em ações práticas e solidárias", conclui o professor Márcio.
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2025/10/06/alunos-da-ufscar-de-sorocaba-levam-projetos-de-saneamento-e-de-incentivo-a-educacao-para-povos-indigenas.ghtml
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